terça-feira, 24 de março de 2009

Cinema e livros, o elixir da vida.


Em tempos de vacas magras, e lembrando que cinema não é o único combustível que move os vagões desse trem aqui, o debate sobre literatura sempre foi algo que muito me agradou, levando em conta que a safra cinematográfica está bastante escassa. Não tenho paixão por literatura brasileira, (atirem suas pedras, flechas e canivetes caso se sintam ofendidos), mas até hoje nunca devorei nada de origens tupiniquins, sou geração Harry Potter. Alguns foram lidos com pressa de acabar, outros por peso na consciência, pois devido ter uma coleção de literatura brasileira com Clássicos de Machado de Assis ou José de Alencar na estante, era uma ofensa não lê-los pelo descaso, o que não quer dizer que li por livre e espontânea vontade, mas devido as exigências dos professores dos tempos de colégio, o que faz com que isso não seja um mérito da vontade própria. Não tenho nada contra, são bons, fizeram o seu nome porque mereceram, mas comigo não rola. E não dá pra falar demais sobre o que não se conhece. Comigo funciona assim, não sabe sobre o assunto: bico calado.

Pois bem, esse giro todo foi para tratar de uma coisa que há muito tempo me faz pensar o porquê eu ainda não leio mais do que devia, e isso deve acontecer com você também. Vamos lá, você chega na livraria, super empolgado para comprar algum livro, alguma novidade, e chega em umas das poucas livrarias que existem na cidade e se depara com um preço nada convidativo. O que você faria? Eu sinceramente desisto.

Pois é, chegamos ao ponto. Quem não tem cão, caça os amigos. O que estou querendo dizer é que vamos trocar o que a gente já tem na estante. Isso gente, vamos apoiar um desenvolvimento sustentável e financeiramente mais econômico. Troquem seus livros com seus conhecidos, amigos, parentes, aderentes, mas não se esqueçam de cobrar de volta depois não é?

Tentem resistir um pouco a esse mercado que tanto nos tira, mas que somos dependentes. O que isso também nos torna um tanto exigente já que compraremos só o estritamente necessário.

Não quero incentivar que as pessoas deixem de comprar livros, afinal sem mercado consumidor não haverá comércio, não haverá editoras, não haverá escritores e assim uma corrente sucessiva. Mas que compartilhemos o que temos em casa. Não custa nada e você ainda sai ganhando.


Tentarei colocar tudo isso em pratica, só não sei ate quando irá durar, irei pouco a pouco trocando o meu modesto acervo, pegando por ai tudo que achar de meu interesse.

No momento estou fazendo uma lista de todos os livros que no momento estão disponível para troca, e para quem se interessar, basta me mandar um email com sua respectiva lista.

Alguns disponíveis no momento: Harry Potter (saga completa), As mentiras que os homens contam (Luís Fernando Veríssimo), Anjos e Demônios, Fortaleza Digital e Ponto de Impacto (Dan Brown), A bússola de Ouro, Quem tem medo de escuro (Sidney Sheldon),e outros que no momento não me vem a mente.

Quem se interessar, tá ai a dica.

Até a próxima.

PS: meu email cynthiagermanna@hotmail.com

domingo, 15 de março de 2009

O cão da favela que levou a melhor.


De uns tempos pra cá percebi que para ganhar o Oscar você não precisa de um orçamento astronômico de U$ 50.598.831,39 para fazer algo bom e de qualidade acontecer. Foram algumas produções modestas mas cheias de surpresas como "Beleza Americana" em 2000 " Menina de Ouro " em 2005, e "Crash, no limite" em 2006 que com orçamentos mínimos desbancaram grandes produções. Crédito para o bom senso da banca avaliadora e mais ainda para qualidade da coisa.
Querendo ou não, o Oscar ainda dá credibilidade a muitos filmes. Em um universo de milhares de produções a maioria irá optar pelo que foi previamente eleito o melhor. O que muitas vezes não é. Mas isso no momento não vem ao caso.

"Quem quer ser um milionário" surpreendeu não pelo jeito despretensioso de que como quem não quer nada foi lá e fez, mas por uma história com um ritmo perfeito. O filme começa com um jovem, chamado Jammal, indiano, que viveu parte da sua vida ao lado do seu irmão em uma Índia que pouco conhecemos, podre, a Índia que Gloria Perez resolveu omitir.
Em uma questão de sorte ou destino ele participa de um programa que intitula o filme, uma éspecie de "Show do Milhão" com um Silvio Santos mais cruel e trapaceiro.
No quadro de perguntas e respostas, por coincidencia todas as perguntas tem relação com algum momento da vida de Jammal. Desde a pergunta de quem está presente em uma nota de cem dolares, qual era o nome do 3º mosqueteiro, quem inventou o revolver ou qual o jogador que mais pontuou na história do criquete (ã?).
Pois bem, simultaneamente ao jogo de perguntas e respostas a vida de Jammal era retratada, desde a infância ao lado do seu irmão Salim e Latika, uma garota que eles acabaram por ficar amigos. A história desses "três mosqueteiros" é marcada por muitos desencontros, mas que no final nos prepara boas surpresas (clichês à parte).
Não preciso mais tecer muitos comentários em relação a história do filme, só destacar a trilha sonora que estava perfeita e a atuação das crianças que foi na minha opinião a parte engraçada do filme.

Ontem mesmo, além de "Quem quer ser um milionario" assisti "Operação Valkíria", filme que fala de uma das 15 tentativas frustadas de derrubar Hitler do poder na 2º Guerra Mundial. Foi bom, só.

Pretendo no próximo post me dedicar a um diretor que há muito tempo está me chamando a atenção, com produções como Match Point e Vicky Cristina Barcelona ( tudo bem que essas são as mais recentes) o excêntrico Woody Allen. Tentarei assistir toda sua filmografia ou ao menos parte dela para enriquecer o próximo post.

No momento estou de saída para assistir "Gomorra" e devo dizer que há um certo receio em relação ao filme, quem assistiu por favor se quiser comentar algo sobre, sinta-se à vontade.

Só mais uma coisa, devo dizer que estou muito, mas muito envolvida com assuntos voltados para a universidade, e peço um pouco de paciência em relação aos atrasos dos post´s. Devo dizer que conciliar tantos assuntos como cinema e universidade é um tanto complicado.

Sem mais, um ótimo inicio de semana e até a proxima