quinta-feira, 20 de novembro de 2008

174 e 007.




Realidades que não nos chocam mais por estar tão próximas do nosso cotidiano são retratados com freqüência nas salas de cinema. Cidade de Deus, Carandiru, Tropa de Elite e o mais recente Última Parada 174 são só alguns dos mais famosos que trazem da realidade para o cinema um pouco do que é que se passa na vida daqueles em que a Constituição esqueceu de abençoar.
É curioso a repercussão de filmes como estes lá fora, o que não deixa de ser um retrato fiel da realidade brasileira. O “Zé pequeño” o “Capitão Nascimento” são ícones, retratos de um conflito sem fim, bandido e polícia.
Os “Sandros”, os “Ales”, que assaltam ônibus, assaltam no trânsito, nas paradas são tão fáceis de encontrar como banana em feira.Tanta naturalização, tanto etnocentrismo, fez com que nos acostumássemos com acontecimentos como esses.
Pois bem, chega de criticar o sistema, e vamos ao que interessa, o filme é a história de dois meninos “Sandro” e “Alê” que por ironia do destino, e muita desgraça também, acabam por se conhecer sendo um deles vítima da fatídica chacina da Candelária, em que vão parar na prisão e fogem com pouco tempo depois. A vida nas ruas, as tragédias, a fome, não poderia ter levado esses dois meninos caminhos diferentes.
O filme já começa com desencontros, a mãe (viciada em cocaína) perde seu filho para “Meleca” traficante mor de uma das mil favelas cariocas, se redime e se torna evangélica trabalhando como doméstica como forma de recomeçar a vida, mesmo nunca esquecendo do filho que um dia lhe foi tirado vivendo em função de reencontrá-lo.
As vidas de Sandro e Alê entrelaçam-se ao ponto da mãe de um confundir-se com outro devido a semelhança de suas histórias de vida.
Para quem acompanhou o caso do seqüestro do ônibus de perto (TV Globo e afins), percebeu o despreparo da polícia para lidar em casos delicados como este (qualquer semelhança com o caso de Heloá não é mera coincidência), em que o vítimas inocentes acabam por pagar pela falta de preparo e muita cabeça quente.
Prefiro não comentar o desfecho, como dito, a imprensa foi fiel aos fatos. Mas vale a pena comentar a última cena fúnebre do filme que é o enterro de Sandro sendo velado por sua suposta mãe e seu filho legítimo. Um reencontro nada feliz, nada novela das 8.

Mais uma vez saltando de uma sala de cinema para outra, “007 Quantun of Solace” é mais uma missão de “Bond, James Bond” que tem no filme um agente digamos mais “politizado”, com temas atuais como a escassez da água e a luta contra o governo comunista que inunda a América.
O filme tem muita ligação com o anterior “Cassiono Royale” exigindo do espectador uma interação maior entre filmes, já que Bond pretende vingar a morte de Vésper ou seguir em frente com sua missão.
Acho que não tenho muitos comentários para fazer, nós sempre o que Bond nos traz no fim das contas, ação, morte, cicatriz e seu ego intacto.

Amanhã é feriado por aqui, pretendo ficar em casa e assistir filme por lá mesmo, talvez Missão Babilônia. E me preparar para assistir “High School Musical 3”* como prometido a minha irmã caçula ( o que a gente não faz para ver essas pestinhas felizes ), e quem sabe algum outro interessante que esteja em cartaz ainda.
X.o.x.o.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Enquanto a dama de ferro me fascina...



Depois de ler alguns posts deste blog, você deve ter subitamente se perguntado “mas esta menina não tem vida social? Não estuda? Só assiste filme?”. Bem, pra começar, eu tenho vida social sim, restrita, não recebo visitas, calma e nada de muita badalação, moro na capital, mas nem de longe significa que eu gosto da vida agitada daqui. Eu gosto mesmo é da paz do interior, só não moro lá porque tudo que tenho aqui, lá não poderá oferecer (trabalho, faculdade, bons fast foods,cinemas, e vitrines tentadoras). Pois bem, dentro de tudo isso só tenho certeza de uma coisa, Paris. Pode parecer contraditório estar dizendo uma hora que detesto a badalação da capital e ao mesmo tempo querer morar na cidade das luzes ofuscantes como BonoVox (U2) canta muito bem. Mas é diferente, sabe aquela coisa de que estar em um determinado lugar é que você irá se encontrar, então, é o que acontece exatamente comigo. Pegar trânsito, metrô essas coisas vai ser bem mais prazeroso se tiver como plano de fundo a torre Eiffel ou o Louvre não acham? De uns tempos pra cá, Paris se tornou meio que uma obsessão pra mim e não há nada que me deixa mais empolgada do que quando pego uma daquelas revistas de viagem e vejo aqueles casais tomando um café, conversando banalidades e admirando a paisagem. É pura satisfação,como se eu sentisse saudades de um lugar que eu ainda não conheço. Vagar horas só admirando o Rio Sena, ir sem pretensão ao Louvre , caminhar no Champs-Élysées, e parar em frente a Torre Eiffel abrir um livro e lê-lo sem pressa.
Parece que chegou alguém por aqui e me deu um “biliscão” ao ler todo este meu relato como se fosse uma parisiense nata. Mas quem se importa? Sonhar ainda é de graça e enquanto for, lá estará eu, firme e decidida de que lá é o meu lugar e ninguém me tira da cabeça isso. Como irei? Ainda não faço a mínima, mas se for é certeza que de que eu me tornarei a criatura mais deslumbrada da face da terra pelo menos durante uns 5 dias. Depois já poderei me considerar uma nativa, pois como já disse lá é o meu lugar.
Esse foi um breve relato saindo um pouco do assunto principal do blog:cinema, mas qual o problema mesmo? Paris já foi cenário pra tanto filme que não fez muita diferença.
“Quando Paris alucina”, “O último Tango em Paris”, são só alguns no qual me recordo no momento.

Deixo constar que faz muito tempo que não assisto filme algum, isso mesmo, NADA, nem para florir as pupilas, ou passar o tempo. Pretendo assistir o mais rápido possível a adaptação de “O mundo de Sofia” (isso mesmo para os fãs como eu ele virou filme, pena que não foi tão divulgado por ser uma produção norueguesa e só o que rola por aqui e Hollywood e ponto final). Como também ir ao cinema pra saber se o que ta rolando é novidade ou a mesma coisa de sempre.

Beijo e até mais.