sábado, 28 de fevereiro de 2009

Silêncio.


Muito assunto rolando no mundo cinematográfico, Los Angeles bombando, e eu aqui procurando algo para escrever. Contraditório não? O Oscar, "Quem quer ser um milionário", Kate Winslet, a decepção de "O curioso caso de Benjamin Button", um livro récem terminado, os cinemas bombando e eu infelizmente aqui. Foi-se o tempo em que eu não ia para o cinema por falta de opção, tudo que estava em cartaz eu já tinha visto, agora sobram opções, o tempo é que é curto, mas na maioria dos casos é a falta de estímulo, um incentivo. Na minha cidade os cinemas são poucos, dois, para ser mais exata. Sem concorrencia, sem opção, um monopólio desleal. As vezes, faço uma volta ao tempo e lembro quando morava no interior que não tinha um cinema, a expectativa que era para que o lançamento chegasse as locadoras. Até fila de espera tinha. E ao levar o filme pra casa seria diversão garantida o fim de semana inteiro. Não existia tumulto, somente a briga para ver quem pegava a melhor posição no sofá. Mas os tempos mudam, e eu me mudei também. Os cinemas não são mais a mesma coisa, o que é pior, infelizmente. Agora cinema é ponto de encontro, praça de alimentação, local onde há encontros para colocar o papo em dia. Contraditório novamente, não? E isso, como muitas coisas, me deixam irritadíssima. Já não são tantas as opções que temos, agora temos que aguentar o cheiro amargo daquela pizza e descobrir o porque sua melhor amiga ficou de porre na festa. Gente, SILÊNCIO. PSIUUUU. Vão procurar sua turma. Mas só em pensamento eu reclamo e fico ali desejando que metade da platéia lembre que tinha algo mais importante pra fazer naquele exato momento. Sem chance, pedido em vão. Outro dia fui ao cinema, assistir um filme com faixa etária mínima de 14 anos, Leões e Cordeiros, para ser mais específica, que sinceramente nem precisava de faixa etária, pois creio que ninguém abaixo dessa idade iria querer assistir um filme assim. Ledo engano. Quando menos espero, 10,15, 20 dos sub-14 entram na sala, e para o meu desespero, fizeram aquele fuzuê, que me deixaram com vontade de chamar os seguranças do cinema.
Me senti uma cidadã com direitos violados. Isso mesmo, paguei por algo que deveria no mínimo usufruir, mas devido a falta de noção de muitos, não deu. Prometi a mim mesma que não pisaria mais os pés ali, o que foi uma falsa promessa, conveniencias a parte ele é o maior cinema, o mais central e alguns lançamentos chegam lá antes mesmo de chegar no outro, que considero o melhor. E lá fui eu, outras tantas vezes, assistir algum lançamento, e me prometer outras tantas que nunca mais iria ali. Está durando um mês desde a outra vez que prometi, mas prometo persistir dessa vez.

Ainda estou pensando em que filme eu deveria escrever, não me vem nada que seja considerável para colocar aqui, então leve esse post como um apelo, como uma reclamção ou um passatempo. Vamos todos, que assim como eu consideram salas de cinema um lugar sagrado, protestar contra aqueles que acham que cinema é ponto de encontro.

Deixo esse post aberto a dicas, vale qualquer coisa, classicos, cults, lançamentos, pastelões, enfim, toda boa dica será bem vinda.
Espero também tornar este blog um pouco mais interativo.

Um ótimo final de semana, aproveitem esta leitura e continuem esta corrente.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

No, man.


Caricatural ele é. Expressivo, também. Mas é sem muito esforço, sem graça.
Jim Carrey, o Jim do "Eu, eu mesmo e Irene, do " Grinch", o Jim que merecia o Framboesa de ouro por isso. Ele mais uma vez decepciona ao fazer mais um filme de comédia, que de longe deveria ser o gênero que o consagrou.
Prefiro, sem muitas opções, o Jim do drama, o Jim de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças (talvez porque Kate Winslet estava lá).
Esforço ele faz, muito. As expressões faciais forçadas são a prova viva disso. Mas não encontro nada além de pastel de vento. Grande por fora, vazio por dentro. Com "Sim, Senhor." não poderia ser diferente.


No filme, Jim é Carl, um funciário rabugento de um banco, que não superou a separação, e que tem mania de "não". Não para qualquer coisa, o que torna sua vida medíocre um total atraso.
Ao receber um convite de um amigo, vai àqueles lugares que somos acostumados a ver na TV, uma espécie de programa da Igreja Renascer, ou venda de Herbalife. Lavagem cerebral para ser mais clara.
O local tem por filosofia o "sim", sim para tudo, qualquer proposta: sim. Após a lavagem, Carl passa a dizer sim para tudo, para o mendigo, para a vizinha tarada, para seu amigo idiota. Coisa de gente sem noção mesmo, se querem saber o que eu penso. É um saco, e o filme definitivamente não anda, afunda.

Em alguns momentos eu não consigo entender a implicância com filmes assim, são tão previsíveis. Mas percebo que são eles que estão de implicância comigo, tipo gozando da minha cara achando que eu mastigo qualquer pastel.
Faltou recheio, tempero e azeite. Coisa que ultimamente está faltando nas comédias que andam produzindo por ai.

ÁCIDA, ÁCIDA e ÁCIDA. Podem me chamar do que quiserem agora, não gostei do troço e pronto. Gosto é como o cabelo, cada um tem o seu e cuida da forma que quiser.

Saindo um pouco do assunto filmes, irei dar uma dica para quem, assim como eu, gosta de seriados americanos, que inclusive, de uns tempos pra cá estão virando uma febre total.
Indico o light e inteligente "Gilmore Girls". Com diálogos sempre cheios de referências musicais e literárias, eles são usados como forma de enriquecer ainda mais o conteúdo da série.
Gilmore Girls é uma história de mãe e filha, Lorelai e Rory respectivamente que vivem na pacata Stars Hollow, cidade cheia de moradores atípicos. Não pense que aí é onde reina a monotonia, pelo contrário, sempre irá haver algo interessante em algo sem muitas promessas, e é disso que eu gosto, pouca expectativa.
Gilmore Girls merecia estar aqui nesse blog, ao menos como uma referência.

Sem mais, vou indo, prometi a mim mesma que até o Oscar irei assistir todos os indicados e colocar no blog ao menos três posts sobre os filmes, e pelo que estou vendo será um tanto difícil, uma vez que a cada dia que se passa aparece uma nova tarefa, novos estudos, e a aulas da faculdade estão para começar. Mas promessa é dívida.

Só mais uma coisa, a dona e proprietária desse blog irá ficar um pouco mais madura (para não dizer velha) no próximo dia 13. Aguardo cestas, cartões, chocolates e quem quiser me presentear estou com uma lista de coisas que preciso urgentemente, como a coleção completa dos livros de Marian Keyes. O resto é coisa besta. =)

Mais uma vez, uma ótima leitura.